Tudo é tão relativo quando se é criança. Quando a gente cresce percebe que o jornal não demora tanto assim e que a noite pode ser bem mais rápida que o dia. Percebemos que de fato poderíamos ficar altos e que isso não seria tão anormal assim. Quando crescemos observamos que conversar é mais natural que brincar, mas sempre admitimos que brincar é mais divertido.
Percebemos que 15, 16, 17 e 18 anos não são idades tão adultas e que elas podem ser as mais infantis de nossas vidas. Podemos de fato ser adultos, mas concordamos que era bem mais fácil quando era só de brincadeira. Vemos que era melhor ter brinquedos do que ser eles. Aprendemos a escutar algumas músicas que os nossos pais escutavam e entender que elas realmente fazem sentido é que a última coisa que o rock pode ser é barulhento.
Quando crescemos podemos enxergar o caráter através da roupa do herói e descobrir que também somos heróis. Tornamo-nos “Papai-Noel” ao invés de acreditar nele. Praticamos o bem ao invés de pensar no que ele é. Quando crescemos podemos ver que o amor é muito mais que um coração pintado de vermelho em uma folha de papel, mas sim uma fonte de choro e sorriso, paz e contentamento.